“LAMAS” DE MARÇO

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ARTE: @desenhosdonando

Como todo ser que pelo menos tenta se inconformar com o conformismo, venho aqui falar um pouco do Prefeito do Rio de Janeiro, o Sr. Marcelo Crivella.

Sou um escritor carioca, atualmente vivendo na Europa. O pouco que tenho lido ou ouvindo de amigos, familiares e mídias sobre as últimas chuvas no Rio de Janeiro é que, muito embora esta agora não esteja tão intensa, nesse momento, o carioca continua com o medo da água vinda do céu ainda na cuca. No momento em que dou polimento à estas linhas, encontra-se em estágio de atenção.

O temor de algumas pessoas em relação às chuvas, na verdade, não é novidade para cidadão algum que viva no Rio. Indivíduos que, de certa forma, tem parcela sim para todos os problemas ocasinados pelo lixo que alguns jogam no chão e inclusive nas urnas, onde deveriam estar mais atentos do que nunca nos últimos anos.

Pois é, pode ser dolorido, pra alguns até motivo de riso, mesmo em meio a tanta desgraça, mas o Prefeito hipócrita que aí está, só teve a possibilidade de remanejar verba destinada a infraestrutura para o Marketing, em 2017, porque foi legitimado por você, que agora lê estas linhas e não votou no Freixo com medo de um Comunismo malígno que só existe no Whatsapp e Facebook.

 

Cito apenas essa situação com a verba dita acima, para não me estender mais com palavras que, pouco efeito fazem para os que, muito embora possam ler, sejam cegos demais para serem alertados. Afinal de contas, ao menos, as águas de março, sempre aguardadas, servem para abrir os olhos dos que se sintam abertos a entender muitos evengélicos não aturam mais o Crivella.

 

Um Prefeito que, enquanto em campanha, disse que “cuidaria das pessoas”, mas não tem o mínimo de tato para tratar seres humanos que vivem à margem da dignidade como gente. Ao menos, penso eu, que cristãos de verdade – porque estes existem e não votaram 17 – refletem em suas vidas o amor que Jesus pregou enquanto caminhou pela Terra. Respeito ao próximo e sede de justica pelos desvalidos, enfim, não devem ser práticas somente em nossas vidas comuns!

 

A arte da foto que ilustra a postagem é do Nando Motta, artista responsável pela capa de meu novo livro, a Novela “Barata o Alimento”. Ele também é o responsável pela Loja Virtual “DESENHOS DO NANDO”, com camisas, canecas e posters em MDF. Todo material feito pelo artista, tem a visão de ampliar as discussões, principalmente de cunho político, para além das redes sociais, tendo como foco a ampliação de várias formas de reflexão para as ruas e todos os logradouros públicos onde, a voz dos que estão ao lado do povo deve ecoar mais alto.

Acessem “DESENHOS DO NANDO” em WWW.DESENHOSDONANDO.COM.BR/

 

 

 

 

LIVRO “ENFIM SUS: DIÁRIOS DE UM PACIENTE NUM HOSPITAL PÚBLICO”

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FONTE: O GLOBO

NADA DIFERENTE DO QUE CITEI há alguns anos atrás….

 

“DIÁRIO DE HOSPITAL – RIO DE JANEIRO, 26 DE JANEIRO DE 2014. ⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Não deu para pregar os olhos e nem dava para saber se havia luz do sol do outro lado das paredes ou mesmo se a rua estava próxima dalu. Não tinha força para levantar o pescoço, mas fiz isto com muita dificuldade e percebi que a acompanhante do senhor ao meu lado, a mesma que me deu de comer no dia anterior, estava a dormir sentada em uma cadeira de ferro com a cabeça pendendo para baixo. Ela dormia pesadamente, apesar de todo desconforto e após a confusão e gritaria da noite anterior. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

A tal sala amarela continuava fria demais e com a mesma luz gélida característica dos hospitais e, ao olhar para os lados, pude ver pelo menos mais doze pessoas que se amontoavam no apertado lugar onde eu agora me encontrava. Cada um parecia ter um tipo de problema e parece que o setor funciona como uma triagem. O senhor no leito logo atrás de mim parecia ser portador de problemas neurológicos que o faziam gritar o tempo todo, o que foi um dos agravantes de minha dificuldade para dormir. Um rapaz em frente a mim do lado oposto da sala parecia nada sofrer, mas aguardava para ir ao setor responsável pelo buco-maxilo, pois estava com a mandíbula fraturada. Apesar da sua questão ser complicada, ele não se abstinha de comer praticamente tudo o que era entregue como alimento, pedindo inclusive os alimentos que os outros não queriam. Ele sentava na sua maca e sorria enquanto mastigava a comida
como estivesse se divertindo muito com a estadia no hospital. Talvez ele estivesse mesmo satisfeito por estar tendo a possibilidade de fazer refeições, algo que o custo de vida difícil não proporciona para muitos no Brasil. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Os outros aos quais pude observar em sua maioria eram senhores bastante idosos e debilitados, que sequer tinham força para se limparem” – Disponível em Amazon.com.br

 

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SOBRAS DO CARNAVAL 2018

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FOTOS: Roberto Costa, Globo e Whatsapp      LOCAL: Rio de Janeiro – Carnaval 2018

Conforme divulgado pela Comlurb foram 486 kilos de lixo recolhidos no Carnaval até terça. Isso impressiona? Até poderia impressionar mais se a quantidade absurda de lixo nas ruas não fosse ofuscada pela falta de educação de alguns e mais ainda pela falta de comprometimento de um Prefeito que em campanha prometeu “Cuidar das Pessoas” mas é incapaz de estar na cidade durante um evento que demanda sua inteira atenção.

As reported as Comlurb, until tuesday they colected 486 K of garbage since the begins of the Carnival. Are you impressed? It could make someone impressed if the incredible quantity of garbage in the streets were not overshadowed for the impolite rude of some people and more about the disengagement of a Mayor that during the politic campaign promisse take care of the people but is unable to stay in the City during a big event that need his atention.

É verdade, a situação da cidade está horrenda como não se via há anos, não que isso também seja uma novidade sendo que arrastão, bebedeira, agressões das mais diversas, música em alto volume até a madrugada, caos no trânsito, caos em casa, caos com os filhos, com os irmãos, com os vizinhos, com o chefe, com as esposas, com os maridos, com a namorada, confusão até com quem não se conhece, porrada em turista, matança de polícia, matança de bandido, matança de trabalhador não é algo que o carioca desconheça em seus cernes…tirando obviamente as performances de sexo explícito nas ruas, em festivais, pagodes e fim de festas pontuais que são vistos ao longo do ano. Vale tudo para aliviar o extresse e porque não fazer um sexozinho na pista ou dentro d’água na praia?

Is true, the situation in the City is horrible like we don’t see in long years, not that this is any news being that thefts, drunkenness, diferent kind of assaults, loud music until the morning, caotic trafic jam, chaos at home, chaos with the kids, with brothers and sisters, with the neighbours, with the boss, with the wifes, with the husbands, with the girlfriends, chaos also with people that don’t know about, stuck in tourists, police killing, criminals killing, workers killing it’s not something that the Carioca does not know in the existence the city…excepted the explicit sex demonstrations in the streets, in some Festivals, Samba and end of some partys that are also possible to see during the year. Everything is possible to have no much stress and why not make a little bit of sex in the streets or into the water in the beach?

Sou carioca, mas moro na Austria faz algum tempo, e ao acordar hoje e sair para passear com o cachorro um Senhor que é meu vizinho me abordou para dizer ter assistido algumas reportagens sobre o Carnaval carioca, rasgando elogios ao Rio, à temperatura e ao clima bonito de festa. Nada mal, é a CIDADE MARAVILHOSA. Voltei para casa e apenas me recordei de uma frase que costumava ouvir minha mãe dizer quando era garoto acerca de pessoas não confiáveis: Quem não conhece, compra e leva enganado.

I live in Austria, and when I wake today to go out with the dog a neighbour stop me to talk about the Carnival in Rio the Janeiro. He watched something in the TV and said a lot of good things about the Carnival, about the City, about the temperature and about the beautiful party mood. Not so bad, this is the MARVELOUS CITY. I back home and just remember some sentence that I heard from my mum when I was a boy and she use when would like to talk about someone that she don’t trust: Who don’t know this will buy, will bring it and will be deceived.